Geografia

A região de Dores do Indaiá tem características muito específicas do ambiente morfoclimático do cerrado. A vegetação predominante é o Cerrado, em geral se localiza nas regiões de clima menos úmido e solos pouco férteis, sendo que os solos mais férteis se localizam próximo ao perímetro urbano ou próximo a rios ou córregos. A ambiente do cerrado é caracterizado por árvores baixas e afastadas uma das outras, tendo troncos tortuosos e cascas grossas. Sob as árvores desenvolve-se uma vegetação rasteira, constituída de capins, ervas e arbustos baixos.

O clima dominante é o clima tropical típico, onde predominam áreas de relevo menos elevados. Existem basicamente duas estações no clima tropical: uma estação seca, de maio a agosto, que possui uma temperatura mais amena (em torno de 18°C) e uma umidade relativa do ar mais baixa (em torno dos 20 a 40%); e uma estação chuvosa, de outubro a março, que demonstram uma temperatura e uma umidade relativa do ar maior do que a estação seca. O índice pluviométrico anual gira em torno de 1220 mm e a temperatura média anual é em torno de 23,5°C.

A rede hidrográfica de Dores do Indaiá é pertencente à Bacia do São Francisco. O principal rio é o São Francisco, tendo como afluentes ribeirões e córregos que nascem geralmente na serra da Saudade e deságuam no São Francisco, exemplo disso são os ribeirões dos Veados, das Antas e o ribeirão dos Porcos, além dos córregos das Condutas, das Gerais e das Contendas que fazem parte da rede hidrográfica do município.

O relevo predominante são os planaltos, que se localizam na depressão São-Franciscana – entre as rochas proterozóicas do Planalto do Espinhaço e os Planaltos Mesozóicos. A área municipal apresenta pequena variação topográfica, variando de 600 a 650 metros de altitude nas áreas junto ao Rio São Francisco e de 650 a 782 no restante do município. Os terrenos são basicamente sedimentares, cujos topos apresentam-se bastante aplainados, com vales abertos, e limitados por escarpas abruptas. 

O arcabouço geológico é basicamente formado por rochas da era Pré-Cambriana Superior - pertencentes aos grupo Bambuí -, ou seja, são rochas muito antigas, formadas mais ou menos a 4,5 bilhões de anos e fazendo parte do cráton São Francisco, já no extremo sudeste, na margem esquerda do São Francisco, os terrenos são do quartenário. As rochas mais comumente encontradas na região de Dores do Indaiá são os calcários, os folhetos, as ardósias e margas, já com relação aos recursos minerais do município, são encontrados a argila, granito e ouro, que ainda são pouco explorados.

FOTO 01 - O morfoclima do cerrado em Dores do Indaiá. Fonte: Leonardo Mendonça. 

FOTO 02 - Rio São Francisco na divisa dos municípios de Dores do Indaiá e Bom Despacho. Fonte: www.senhoradosol.com.br